domingo, 30 de março de 2014

CONCEITOS: MÓDULO 6: UNIDADE 5: OS CAMINHOS DA CULTURA

UNIDADE 5: OS CAMINHOS DA CULTURA

Cientismo: Crença no poder absoluto da ciência em todos os aspectos da vida.
O Cientismo parte de um estrito racionalismo que considera explicáveis todos os fenómenos, não pondo, por isso, limites às possibilidades do conhecimento humano. Segundo esta corrente de pensamento, a ciência constituiria a chave do progresso e da felicidade humana.

Positivismo: Corrente filosófica e científica sistematizada, no século XIX, por Augusto Comte. O Positivismo, como corrente de pensamento, exclui toda a teorização metafísica, confinando-se ao positivo conhecimento dos factos através do método científico.

Realismo: Movimento cultural que se segue e se opõe ao Romantismo. Cronologicamente, o Realismo afirma-se acerca de 1850 e prolonga-se, sob várias formas, até à viragem do século.

Impressionismo: Corrente pictórica que se esboça na década de 1860 e persiste, pela mão de pintores como Claude Monet, até ao inicio do século XIX.
Os impressionistas procuram captar a realidade visível tal como, de imediato, a percebemos, transfigurada pelas diferentes intensidades de luz. Caracteriza-se por uma técnica pictórica rápida, de contornos diluídos, que privilegia as cores fortes e claras. 

Simbolismo: Corrente artística da segunda metade do século XIX que atingiu a sua expressão mais forte cerca de 1880-90.
O simbolismo toma como tema o mundo dos pensamentos e dos sonhos, o sobrenatural e o invisível, adquirindo um carácter hermético e isotérico.
Tal como o Realismo, ao qual se opôs, esta corrente afirma-se sobretudo ao nível pictórico e literário.


Arte Nova: Estilo que marca, na Europa, a viragem do século (c. 1890-1914) e se afirma pela oposição aos estilos antigos que continuavam a inspirar a arte académica. A Arte Nova define-se pela preocupação decorativista, pelo predomínio da linha ondulada e pelo recurso aos motivos florais e femininos.



CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 4: PORTUGAL- UMA SOCIEDADE CAPITALISTA DEPENDENTE

UNIDADE 4: PORTUGAL- UMA SOCIEDADE CAPITALISTA DEPENDENTE


Regeneração: Período da vida política portuguesa que decorreu entre 1851 e 1910. Quando se iniciou, teve como objectivo o estabelecimento da concórdia social e política, bem como o desenvolvimento económico do país.



CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 3: EVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA- NACIONALISMO E IMPERIALISMO

UNIDADE 3: EVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA- NACIONALISMO E IMPERIALISMO

Demoliberalismo: Sistema político em vigência no mundo ocidental, desde as últimas décadas do século XIX. Baseia-se na extensão da cidadania a camadas cada vez mais amplas da população, através da instituição do sufrágio universal.

Sufrágio Universal: Direito de todos os cidadãos, sem distinção de sexo, raça, fortuna ou instrução, votarem em eleições para a escolha dos representantes políticos.

Nacionalismo: Sentimento de pertença de um povo a uma comunidade dotada de uma raça, língua, religião, tradições culturais e passado histórico comum. Identificado com o patriotismo, o nacionalismo tanto justifica o direito dos povos à autogovernação como pode fundamentar uma política belicista de conquistas territoriais.

Imperialismo: Domínio que um Estado exerce sobre outros países, a título militar, político, económico e cultural.

Colonialismo: Domínio exercido sobre territórios não independentes (as colónias). É a forma de imperialismo mais completa, já que associa todas as suas facetas.





CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 2: A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA

UNIDADE 2: A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA

Explosão Demográfica: Aceleração do crescimento da população mundial que, no século XIX, duplicou os seus efetivos. O fenómeno, particularmente forte na Europa, foi possibilitado pela descida drástica e irreversível da mortalidade; pela antecipação da idade do casamento; pela elevação da esperança de vida. Quanto à natalidade, manteve-se alta até cerca de 1870, altura em que se inicia o seu, também irreversível, declínio.

Sociedade de classes: Tipo de sociedade que se generaliza no mundo ocidental desde o século XIX. Caracteriza-se a unidade do corpo social, na medida em que os indivíduos, nascidos livres e iguais em direitos, dispõem do mesmo estatuto jurídico. A diversidade social baseia-se, essencialmente, no estatuto económico, gerador de diferentes classes sociais.

Consciência de classe: Perceção explícita de pertença a uma classe social específica, por parte de indivíduos ou grupos. Implica a solidariedade para com os elementos da mesma classe e o distanciamento relativamente às outras classes sociais. A consciência de classe pode assumir uma expressão política, na medida em que força o Estado a atuar de acordo com os seus interesses.

Profissões Liberais: Profissões exercidas por conta própria, cujos membros dependem de uma Ordem, isto é, de um organismo profissional que lhes impõe regras. Exemplo: médicos, advogados, engenheiros, contabilistas, farmacêuticos.

Proletariado: Segundo a terminologia marxista, significa a classe operária que, sem meios de produção (a não ser os seus filhos, a sua prole), vende a sua força de trabalho (manual) em troca de um salário.
O termo proletário remonta à Roma antiga, abrangendo os cidadãos de inferior categoria, isentos de impostos, cuja única função social era a de gerar filhos.

Movimento Operário: Conjunto de ações levadas a cabo pelos trabalhadores assalariados, para a concretização das suas reivindicações. Na óptica marxista, é a expressão da luta de classes.
A implantação do capitalismo industrial fez crescer a massa de assalariados e subir de tom os seus protestos, que caminharam para as formas crescentes de organização.
Associações de socorros mútuos, cooperativas, sindicatos, greves, manifestações, eis como se traduziu o movimento operário, empenhado não só na melhoria das condições económicas e sociais (aumento de salários, diminuição do horário de trabalho, assistência na doença, velhice, desemprego), mas também na obtenção de direitos políticos.

Socialismo: Teoria, doutrina ou prática social que defende a supressão das diferenças entre as classes sociais, mediante a apropriação pública dos meios de produção e a sua distribuição mais equitativa.
As teorias socialistas remontam à Antiguidade e encontraram eco no Renascimento, em T. More e Campanella. No século XIX, o socialismo ressurgiu quando vários pensadores denunciaram as deficiências do capitalismo, criticaram as injustiças sociais e apresentaram soluções de alternativa.

Marxismo: Termo derivado do nome do filósofo, historiador e economista alemão Karl Marx, que se aplica à doutrina filosófica, política, económica e social por ele elaborada juntamente com Friedrich Engels.
A persepectiva marxista concebe a História como uma sucessão de modos de produção (esclavagismo, feudalismo, capitalismo), sucessão essa devida à luta de classes.
A Luta de Classes entre proletários e burgueses conduziria à destruição do capitalismo, à implantação da ditadura do proletariado e, finalmente à construção do comunismo- a verdadeira sociedade socialista, sem classes e sem Estado.


Internacional Operária: Organização onde estão representados associações de trabalhadores de vários países, tendo em vista a coordenação das suas atividades. 



CONCEITOS: MÓDULO 6:UNIDADE 1: AS TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS NA EUROPA E NO MUNDO

UNIDADE 1: AS TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS NA EUROPA E NO MUNDO

Progressos Cumulativos: Série crescente de progressos que resultam da estreita ligação entre a ciência e a técnica. O termo cumulativos assume o duplo significado de interação entre a investigação científica e a criação técnica e de sobreposição desses mesmos progressos, na medida em que os novos avanços têm por base os anteriores.

Capitalismo Industrial: Tipo de capitalismo que se desenvolveu na segunda metade do século XIX e que se caracteriza por um investimento maciço na indústria.
O capitalismo industrial assenta numa clara divisão entre os detentores do capital (edifícios, fábricas, maquinaria, matéria-prima, etc.) e o trabalho, representado pela mão-de-obra assalariada.

Estandardização: Uniformização dos artigos produzidos através do fabrico em série, que possibilita a produção em massa. Por sua vez, o trabalho necessário à produção é dividido numa série de tarefas também estandardizadas.

Livre-Cambismo: Sistema que liberaliza as trocas internacionais. No sistema livre-cambista, o Estado deve abster-se de interferir nas correntes de comércio, pelo que os direitos alfandegários, a fixação de contingentes (de importações ou exportações) e as proibições de entrada ou saída devem ser abolidas ou, pelo menos, reduzirem-se ao mínimo.
A Grã-Bretanha foi, no século XIX, o porta-estandarte do livre-cambismo, tendo os seus economistas defendido que o livre-cambismo permite uma utilização ótima dos recursos e uma especialização ideal dos diferentes países na atividade que lhes é mais favorável.

Crise Cíclica: Estado periódico de agudo mal-estar e de mau funcionamento da economia.
Enquanto nas economias pré-industriais as crises eram, sobretudo, de penúria e da escassez, nas economias industriais as crises são provocadas por fenómenos de superprodução. As crises do capitalismo caracterizam-se pela rápida descida descida dos preços, da produção e dos rendimentos. Ocasionam numerosas falências, a subida do desemprego e a queda das cotações bolsistas.

Em termos precisos, o momento da crise é aquele em que se regista a inversão da tendência de alta para a tendência depressionária.


CONCEITOS: MÓDULO 5:UNIDADE 5: O LEGADO DO LIBERALISMO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX

UNIDADE 5: O LEGADO DO LIBERALISMO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX

Liberalismo Economico: Doutrina económica, baseada no individualismo, na liberdade absoluta de cada membro da sociedade e na ideia da ordem natural, segundo a qual a iniciativa privada deve atuar livremente para que os desejos e os interesses de todos sejam satisfeitos da melhor maneira possível.
Consequentemente, o liberalismo é contra qualquer intervenção do Estado em matéria económica; não lhe reconhece outra atribuição que não seja garantir a liberdade total da iniciativa privada no que se refere à produção e à comercialização de bens.

Romantismo: Movimento cultural do século XIX que exalta o instinto e privilegia as emoções contra a razão, rejeitando a harmonia do “bom gosto” codificada pelo racionalismo neoclássico.
Para além de um movimento cultural, com manifestações na literatura, na pintura e na música, o Romantismo foi um estado de espírito que fez bandeira da liberdade e do individualismo, pelo que se converteu na ideologia dos revolucionários liberais. O romantismo surgiu, no final do século XVIII, na Alemanha (Kleist, Schiller, Beethoven Goethe), a partir do movimento Sturm und Drang (Tempestade e Paixão).

Desenvolveu-se, depois, na Inglaterra (Keats, Shelley, Byron, Walter Scott) e, por volta de 1830, atingiu um ponto alto em França com Victor Hugo.




CONCEITOS: MÓDULO 5: UNIDADE 4: A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL

UNIDADE 4: A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL
              
Vintismo: Tendência do liberalismo português, instituído na sequência da Revolução de 1820 e consagrada na Constituição de 1822. Caracteriza-se pelo radicalismo das suas posições, ao instituir o dogma da soberania popular, ao limitar as prerrogativas reais e ao não reconhecer qualquer situação de privilégio à nobreza e ao clero.

Carta Constitucional: Documento regulador da vida política de um Estado, que estabelece os direitos, as liberdades e garantias dos cidadãos e define a relação que os poderes do Estado mantém entre si. A Carta Constitucional é da iniciativa dos governantes, que a outorgam à Nação.

Cartismo: Projeto político do liberalismo moderado defensor da legalidade da Carta Constitucional, outorgada por D. Pedro IV em 1826.
Ao contrário do projeto radical vintista, valorizava a autoridade régia e reconhecia alguns privilégios à nobreza e ao clero.
Os períodos de vigência do cartismo decorreram de 1826 a 1828, de 1834 a 1836 e de 1842 a 1851.

Setembrismo: Fação radical do liberalismo português, defensora de princípios do vintismo, como a soberania nacional ser a fonte de toda a autoridade. Opositor da Carta Constitucional, o setembrismo vigorou de 1836 a 1842.


Cabralismo: Período de vigência do liberalismo português (1842-1846 e 1849-1851) que se identifica com a governação de Costa Cabral. Caracterizado por um exercício autoritário do poder, repôs a Carta Constitucional, fomentou as obras públicas e reformou o aparelho administrativo e fiscal.




CONCEITOS: MÓDULO 5: UNIDADE 2: A REVOLUÇÃO FRANCESA – PARADIGMA DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS E BURGUESAS.

UNIDADE 2: A REVOLUÇÃO FRANCESA – PARADIGMA DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS E BURGUESAS.

Monarquia Constitucional: Regime político cujo representante máximo do poder executivo é um rei, que tem a sua autoridade regulamentada e limitada por uma Constituição.

Soberania Nacional: Principio decorrente da Filosofia das Luzes, segundo o qual a fonte do poder político reside na Nação. Esta poderá exercê-lo de forma direta ou por delegação nos governantes (elegendo-os, por exemplo), considerados seus representantes.

Sufrágio Censitário: Modalidade de voto restrito em que este só pode ser exercido pelos cidadãos que pagam ao estado uma determinada quantia em dinheiro relativa a contribuições diretas (impostos)- o chamado censo.

Sistemas Representativos: Processos em que a tomada das decisões políticas cabe a um corpo especializado de cidadãos ( os políticos ), mandatados pela Nação, por exemplo, através de eleições.


Estado Laico: Estado que se assume não confessional, libertando-se da influência religiosa. Retira à Igreja todo e qualquer poder sobre o ensino, a assistência e a legislação civil. Em casos extremos, o laicismo do Estado conduz ao anticlericalismo e ao ateísmo.


CONCEITOS: MÓDULO 5:UNIDADE 1: A REVOLUÇÃO AMERICANA- UMA REVOLUÇÃO FUNDADORA

UNIDADE 1: A REVOLUÇÃO AMERICANA- UMA REVOLUÇÃO FUNDADORA

Constituição: documento legislativo que contém os princípios gerais e as normas jurídicas fundamentais de um Estado, emanadas de uma assembleia eleita ou constituída para o efeito. A Constituição de um Estado define a sua forma política e os direitos e deveres essenciais dos seus cidadãos.

Época Contemporânea: período cronológico da História da Humanidade, no mundo ocidental, que decorre de finais do século XVIII aos nossos dias. Tem nas suas origens as Revoluções Liberais (a periodização tradicional inicia esta época em 1789, com a eclosão da Revolução Francesa) e a Revolução Industrial, que fizeram triunfar o liberalismo, o capitalismo industrial e a sociedade de classes.


Revolução liberal: conjunto de movimentações político-militares que, entre o último quartel do século XIX, derrubaram o absolutismo monárquico e implantaram o liberalismo, assente na igualdade dos direitos individuais, na soberania nacional e no princípio da separação políticos.